Bom dia, galera Pontepretana!!!...
Quero começar o texto pedindo desculpas por estar sendo tão rápido nas minhas intervenções neste BLOG... Gostaria de poder ficar com mais tempo e calma, mas a correria está braba e me tira dessa possibilidade... Mas de alguma forma mantenho o meu contato com o BLOG, os torcedores que fizeram dele um meio de luta e da própria Ponte Preta...
O que me consola, é que o BLOG fez a sua parte no processo de LIBERTAÇÃO da nossa Ponte Preta, da nossa NEGA VÉIA... Só por isso me sinto muito feliz, satisfeito... Tenho comigo como se tivesse realizado uma missão... Ao André, o GRANDE COMPANHEIRO de luta, aquele que puxou toda esta história, os nossos maiores agradecimentos...
Também tenho que mencionar o GRANDE TELLES ELIJÁ, o velho e bom MANDRAKE, que com seus elogios e suas broncas, me fizeram seguir em frente e realizar esse trabalho, que na verdade, passou a ser um sonho para mim e para toda a torcida Pontepretana, que tinha consciência da necessidade de realizar uma MUDANÇA...
Bem, eu falei que iria ser mais detalhista sobre o DESPACHO do Senhor Juiz, que nos deu a LIBERTAÇÃO TOTAL E IRRESTRITA, mas continuo corrido e vou deixar isso para uma outra oportunidade... O que eu pretendo, é ir para Campinas no domingo, e ai vou cantnado... Domingo vou pra Campinas...
Minha ideia é encontrar o André e o Mandrake... Talvez em um determinado bar... Estar com eles depois dessa batalha, vai ser bom demais!!!... E vou aproveitar esse encontro para fazer uma entrevista com eles... Um ponto posso adiantar aos senhores... Uma das questões que pode ser anulada, é a DÍVIDA... O Senhor Carnielli vai DORMIR em berço explêndido com ELA...
Mas vamos deixar essa discussão para segunda-feira... No domingo vou fazer a entrevista e ir ao jogo... Vou ver a minha MACACA entrar em campo... E podem estar certos de que a emoção vai ser grande demais... Também vou dar volta no estádio... Vou fazer o caminho, como um peregrino, seguindo os passos de Zeza Amaral, para agradecer a conquista...
E vou tentar memorizar o texto que Zeza escreveu sobre o Estádio Moisés Lucarelli, o Majestoso, para ir falando baixinho em quando dou a volta nele... Não sei se todos os senhores leram o texto, mas de qualquer forma, vou postá-lo para preservá-lo, para arquivá-lo na nossa memória e na da Associação Atlética Ponte Preta...
Aqui está o texto...
Agradecemos ao Correio Popular por ter permitido que este texto fosse publicado...
A alma do Majestoso
14/01/2013 - 19h27 - Atualizado em 15/15/2013 - 15h48
Domingo chuvoso e frio, em Vargem Grande do Sul. Há quinze dias, a cidade inaugurou dois excelentes estádios de futebol, um na sexta e outro no domingo, convidando para a festa o time de veteranos do Corinthians e Palmeiras, que enfrentaram a mesma equipe: o Vargeano. Estava na cidade e não fui ver os jogos. Não tenho vocação para sofrer de saudade, embora estivesse necessitado de uma dose de futebol na veia.
Também não estou acompanhando os jogos dos meninos da Copinha. Nesse caso, tenho lembranças épicas do Taquaral Futebol Clube enfrentando o Mogiana Esporte Clube, duas equipes nas quais sonhava um dia jogar. Fiquei no sonho e não me arrependo de ter sonhado tão alto, visto que a realidade do futebol que se joga nos dias de hoje é um pesadelo para qualquer cristão.
Bruninho, grande beque da Ponte Preta, morava a duas quadras de casa, num confortável e elegante chalé da Azarias de Melo. O Brasil havia acabado de conquistar a sua primeira Copa do Mundo e eu ainda sonhava vestir a camisa do Taquaral ou do Mogiana quando Bruninho me convidou para fazer um teste na Ponte Preta. Foi quando vi o Majestoso pela primeira vez; e veio à tona um amor de calças curtas que não sabia existir em mim. Não fui de todo mal no teste, jogando na ponta esquerda – embora destro - mas fui educado para conhecer os meus e os limites dos beques. E sem remorsos decidi que jogaria melhor sentado na arquibancada. É o que faço até hoje; e foi tal decisão que me levou, ontem à tarde, a passear pelo entorno do Moisés Lucarelli assim como os fiéis peregrinos fazem quando vão à Aparecida do Norte ou mesmo à Igreja do Carmo.
Tarde fria e garoenta, mas nada que pudesse resfriar um velho coração pontepretano. E mais uma vez me emocionei com a heroica cruzada empreendida por centenas de torcedores que com as próprias mãos ergueram o seu estádio, o único até hoje assim construído no mundo, no peito e na raça, em nome de algo que hoje parece não mais existir: solidariedade na paixão.
Não posso entender como alguém, de qualquer time, de qualquer credo ou interesse econômico, pretenda pôr abaixo um monumento como esse. A velha Igreja do Rosário foi demolida e no seu lugar nasceu a coisa mais árida, estéril e triste que já vi na vida: o Largo do Rosário. E o mesmo aconteceu quando o prefeito Ruy Novaes, de triste memória, mandou derrubar o Teatro Municipal Carlos Gomes, hoje um calçadão tomado por bancas de alimentação, camelôs e mendigos. E Campinas deixou de ser a “Capital Cultural” do país, se bem me lembro. Deve ter sido praga dos santos e do maestro, pelo visto.
Olho as imensas paredes do Majestoso e não tenho vontade alguma de conhecer as pirâmides do Egito ou de qualquer outro lugar. Nada contra o silêncio histórico dos grandes monumentos da humanidade. Mas um estádio erguido pelas mãos de seus heroicos torcedores bem merece o barulho da eternidade, pois construído por vontade própria e liberdade, não por mãos escravas.
Finda a visita e o matar de saudade, subi a Rua Proença ouvindo a alma dos velhos tijolos do estádio bradar: “Não ousem! Não ousem!
E espero que ninguém se atreva.
Bom dia.
E eu dou um outro Bom dia!!!...
Saudações Pontepretanas...
Joaquim Brandão...
Tuchê...
Também não estou acompanhando os jogos dos meninos da Copinha. Nesse caso, tenho lembranças épicas do Taquaral Futebol Clube enfrentando o Mogiana Esporte Clube, duas equipes nas quais sonhava um dia jogar. Fiquei no sonho e não me arrependo de ter sonhado tão alto, visto que a realidade do futebol que se joga nos dias de hoje é um pesadelo para qualquer cristão.
Bruninho, grande beque da Ponte Preta, morava a duas quadras de casa, num confortável e elegante chalé da Azarias de Melo. O Brasil havia acabado de conquistar a sua primeira Copa do Mundo e eu ainda sonhava vestir a camisa do Taquaral ou do Mogiana quando Bruninho me convidou para fazer um teste na Ponte Preta. Foi quando vi o Majestoso pela primeira vez; e veio à tona um amor de calças curtas que não sabia existir em mim. Não fui de todo mal no teste, jogando na ponta esquerda – embora destro - mas fui educado para conhecer os meus e os limites dos beques. E sem remorsos decidi que jogaria melhor sentado na arquibancada. É o que faço até hoje; e foi tal decisão que me levou, ontem à tarde, a passear pelo entorno do Moisés Lucarelli assim como os fiéis peregrinos fazem quando vão à Aparecida do Norte ou mesmo à Igreja do Carmo.
Tarde fria e garoenta, mas nada que pudesse resfriar um velho coração pontepretano. E mais uma vez me emocionei com a heroica cruzada empreendida por centenas de torcedores que com as próprias mãos ergueram o seu estádio, o único até hoje assim construído no mundo, no peito e na raça, em nome de algo que hoje parece não mais existir: solidariedade na paixão.
Não posso entender como alguém, de qualquer time, de qualquer credo ou interesse econômico, pretenda pôr abaixo um monumento como esse. A velha Igreja do Rosário foi demolida e no seu lugar nasceu a coisa mais árida, estéril e triste que já vi na vida: o Largo do Rosário. E o mesmo aconteceu quando o prefeito Ruy Novaes, de triste memória, mandou derrubar o Teatro Municipal Carlos Gomes, hoje um calçadão tomado por bancas de alimentação, camelôs e mendigos. E Campinas deixou de ser a “Capital Cultural” do país, se bem me lembro. Deve ter sido praga dos santos e do maestro, pelo visto.
Olho as imensas paredes do Majestoso e não tenho vontade alguma de conhecer as pirâmides do Egito ou de qualquer outro lugar. Nada contra o silêncio histórico dos grandes monumentos da humanidade. Mas um estádio erguido pelas mãos de seus heroicos torcedores bem merece o barulho da eternidade, pois construído por vontade própria e liberdade, não por mãos escravas.
Finda a visita e o matar de saudade, subi a Rua Proença ouvindo a alma dos velhos tijolos do estádio bradar: “Não ousem! Não ousem!
E espero que ninguém se atreva.
Bom dia.
E eu dou um outro Bom dia!!!...
Saudações Pontepretanas...
Joaquim Brandão...
Tuchê...
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