Estou de volta para postar mais um texto... E o que tenho para colocar neste espaço, é algo que vem martelando em minha cabeça já há um bom tempo... É louco, mas sempre se tem alguma ideia circulando na mente... Sempre se tem o que dizer, mas nem sempre calha... Mas hoje decidi dar total atenção a esta necessidade... Sim, necessidade... É assim que eu vejo a questão...
Quero começar contando que há alguns anos atrás, tive que ir a Campinas, em nome de uma distribuidora de filmes, para o lançamento de um documentário sobre a vida de Celso Furtado... Eu ainda não tinha visto do documentário, o que me deixava mais curioso... E voltar para Campinas depois de oito anos sem por ospés naquelas ruas, mexiam muito comigo...
O fato mais doido, era que teria que fazer todo um trabalho de divulgação em menos de uma semana... Eu estaria indo na sexta e a exibição do filme seria na quarta-feira seguinte... Doidura!!!... Isso não existe... Esse trabalho tem que ser feito pelo menos com um mes de antecedência...Mas como os donos da Polifilmes falaram... você conhece a cidade, as pessoas... Se vira...
Marcio Della Volpe - Coordenador do Depto de Marketing
E atual "Estou Presidente"
É isso... Se vira... Um assessor de imprensa não costuma ouvir este tipo de coisa, mas um produtor sim... O fato é que estive na faculdade de jornalismo da PUCC por algum tempo... Fugi dela para vir trabalhar em produção de cinema em Sampa... Mas como eu sempre estive envolvido com assessorias de imprensa, por dez anos fui um colaborador da FOX / COLUMBIA, vivem me pegando pra tal função...
Bem, eu tinha que me virar... Sai de Sampa na sexta quase na hora do almoço... Mochila tipo canadense nas costas... Afinal, eu ia ficar por uma semana em Campinas city... Cheguei na cidade por volta das 14:00 horas e fui direto para a sede do Correio Popular... Como já tinha agendado uma conversa com a editora chefe, sabia que poderia ter o processo encaminhado...
Fiquei um tempo na sala de espera do jornal... Peguei um exemplar para tomar contato com aquela realidade que não mais me pertencia, mas como iria ficar por uma semana, tinha que saber onde iria andar... Naquele momento, Campinas era como algo desconhecido... Essa foi a impressão que me bateu... E é muito estranho você ser de um lugar, mas não se sentir parte dele...
Camisa branca - A número 1
A espera foi curta... Logo fui chamado para seguir até a redação e, para minha surpresa, dei de cara com alguns profissionais que tinham estado na faculdade comigo... E a emoção começou a pegar ali mesmo... Perguntas do tipo... Então você está vivo???... Ouvi algumas vezes... E mais uma vez bateu a estranheza... E um pensamento veio... Acho que estou morto para Campinas... kkk...
Dei sorte de estar falando em nome de um documentário de muita importância... Conversei com algumas pessoas encarregadas pelo setor da CULTURA do jornal e nos acertamos... Na saida, mais uma vez passei pelas pessoas conhecidas... E mais uma vez brincadeiras... Sai feliz da redação do jornal... Mais feliz eu me senti, pensando que, à noite, iria ver um jogo da Ponte Preta... Depois de oito anos!!!...
Fui pra casa do meu irmão Leopoldo... A ideia seria ficar em um hotel... Não, nem pense que o dito cujo seria de luxo... Mas meu irmão insistiu pra que eu ficasse na casa dele, então lá fui eu... E depois de nos encontrarmos e conversarmos, levantei para ir para o Estádio Moisés Lucarelli... O velho Majestoso... Meu irmão não iria, o que me deixou puto, mas como era uma decisão dele...
Ao chegar no portão da casa de meu irmão, vi um casal vestindo a camisa da Ponte Preta... O estádio é perto, mas não queria ir sozinho... Queria conversar, saber de como ia a situação da NEGA VÉIA e coisa e tal... O meu irmão falou muito, mas queria saber de outras pessoas... Tudo bem, assumo, essa coisa de querer saber, é uma atitude de jornalista investigativo...
Na maior cara de pau, parei o casal, ainda no portão da casa do meu irmão, pertguntei se eles estavam indo ao jogo, ao que eles responderam afirmativamente, então perguntei se podia ir com eles para conversar... Expliquei que fazia oito anos que não pisava em Campinas e não ia nos jogos da Macaca... Eles não se importaram e me aceitaram como companhia...
No caminho fomos conversando... Eis que em um determinado momento, o amigo falou nervoso, irritado... Ele disse que se sentia enganado... Como torcedor da Ponte Preta, sempre quis sentir o gostinho de campeão... Mas que durante anos, nada acontecia... Era somente lutar para não cair... Para completar, ele disse que não quer mais ir ao estádio, mas quando chega no momento, não aguenta e vai...
Camisa histórica, muito usada nos anos 70
Uma vez dentro do estádio, esperei ansioso pelo início do jogo... E quando começou, apesar do time adversário ser fraco, senti uma grande apreensão... E eu tinha razão para tal sentimento... O jogo foi horrível, porque a Ponte Preta foi assim... Do adversário nem falo... Sai do estádio pensando no que o amigo tinha falado em se sentir enganado...
Gostaria de lembrar que a Ponte Preta, nesse período de dezesseis anos, virou motivo de chacota por todos os lugares... Porque tem sido um time instável... Frequentadora assídua de acesso e descenso... Mais derrotas do que vitórias... Então pergunta-se... Como um time de mais de cem anos não ganha um título???... Outra... Conheço o único torcedor da Ponte Preta... No caso, EU... E por aí vai...
E eu fico pensando... A Ponte Preta tem um ótimo departamento de MARKETING... É atuante, ágil, eficiente... Mas fica uma pergunta no ar... Será que o depto não sabe que o MAIOR RETORNO se dá com vitórias, com títulos... Mesmo assim, nesta situação CAÓTICA, a NEGA VÉIA tem patrocinadores... Sei que tem empresa que procura a Associação Atlética Ponte Preta para estabelecer PARCERIA...
Estádio Moisés Lucarelli
E neste momento, lembro dos vários jogos da Ponte Preta que assisti pela televisão, daqui de Sampa... E sempre com resultados sofríveis... Jogos ruins... O que não é nada bom para um retorno para os patrocinadores... Em vários momentos, após o fim de um jogo da Ponte Preta, com qualidade baixa e resultado ruim, me peguei pensando exatamente na questão do MARKETING...
Alguém tem ideia de como as empresas patrocinadoras da Ponte Preta se sentiram após o jogo de domingo???... Alguém tem ideia de quantas pessoas pelo Brasil se apaixonaram pela NEGA VÉIA e vão estar com ela de agora em diante???... E eu digo, tem que se pensar em todos esses detalhes... Um trabalho de MARKETING é imenso, abrange toda uma realidade...
A Associação Atlética Ponte Preta tem tudo para ser GRANDE... Porque tem NOME... Sua MARCA é de fácil assimilação... O seu símbolo, uma MACACA é carismática... Tem torcida organizada por vários lugares... Em Itapevi existe uma torcida... Em Osasco tem a SIKA, empresa de permebializante, que investe nos trabalhadores enviando-os aos jogos da NEGA VÉIA...
Logomarca da Ponte Preta
Enfim, a Associação Atlética Ponte Preta tem tudo para MONTAR uma grande estrutura... Tem tudo para ser um GRANDE TIME... Um time de MASSA literalmente falando... O que é preciso, é ABRIR os portões do Majestoso... Tem que se desencastelar o processo... É tudo muito fechado... Tudo muito sob controle... É preciso se ESCANCARAR para o mundo, porque a NEGA VÉIA, e ele pertence...
É isso...
um grande abraço a todos...
Joaquim Brandão...
Tuchê...
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