Torcida da Ponte Preta vibrando na arquibancada
E eu fico aqui pensando em como descrever como aqueles times jogavam... Podereia dizer que era por música???... Poderia dizer que era em extrema cumplicidade???... Sim, eu poderia dizer nas duas formas... Por música, porque aqueles times parerciam dançar um grande ballet em campo... Por cumplicidade, porque era notório a unição entre os jogadores...
Uma imagem acaba de surgir na minha cabeça... A imgem me vem dos anos 70... Ou melhor, exatamente de 1970... Manfirni dá passos lateralmente... Seu olhar está na direção da esquerda... Adilson, o ponta esquerda avança com rapidez... Havia dribaldo dois e estava próxima da área... Manfrini acena para ele, pedindo a bola... Adilson olha para Manfrini e lança a bola...
Manfrini 1970
Como sempre acontecia, a jogada comecava com Dicá, que recebia da zaga e avançava pelo meio com seu balancear, com seu gingado de malandro... E se encontrasse alguém pela sua frente, ia derrubando com um drible curto e leve... E a frente se abria, deixando todos os espaços do mundo para o seu lançamento... Até que seu olhar achava Adilson na esquerda... De Adilson, para Manfrini...
Que com o seu jeito característico, Manfrini salta, encolhendo as pernas, estufa o peito e amortece a bola em seu peito... O zagueiro central e o quarto zagueiro do time adversário se aproximam, cercando-o, mas ele com maestria e calma, deixa a bola escorrer pelo seu corpo e, assim que ela se aproxima de seu pé direito, dá um chute de voleio e acerta o gol... E é mais um gol pontepretano...
Era mais um belo gol pontepretano... Digo isso, porque naqueles dias, os gols não eram simples... Pra não dizer todos, diggo que a maioria dos gols eram sensacionais... A começar pelas jogadas... Como diz um hino boda de pé em pé... E era isso mesmo... Um sabia onde o outro estava... E a bola chegava fácil e certinha... A movimentação dos jogadores era extremamente bem pensada...
Também não havia time que a Ponte Preta não encarace com poder de foco de alto nível... Não tínhamos as incertezas como as dos dias de hoje... Não tínhamos as irregularidades... A estabilidade era um dos itens do PADRÃO Ponte Preta de jogar... E o time ia pra cima... E o adversário recuava desesperado... A bola ia de um lado para o outro com rapidez, força e determinação...
Por isso que eu digo que estou MAL ACOSTUMADO... O que eu tinha como referência de futebol, era algo grande demais!!!... Bom demais!!!... Era um time respeitado por tudo e por todos... O que nos enchia de orgulho... Era a Associação Atlética Ponte Preta, que entrava em campo e dava as cartas do jogo... Era ela, a NEGA VÉIA, a eterna MACACA, quem mandava no espetáculo...
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Time da Ponte Preta de 1970
Por hoje é isso...
um grande abraço a todos...
Joaquim Brandão...
Tuchê...
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